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Em uma tarde Eduarda resolve enfim ligar para ele. Não podia mais esperar, duas semanas já havia se passado desde o dia em que Bruno a convidou repentinamente a sair com ele, foi uma tarde maravilhosa, mas para sua  infelicidade não passou de uma conversa longa sobre família, futuro, esportes e amigos em comum, apesar de não ter passado disso, foi um dia muito bom, ao lado dele. Mas seria possível que ele tenha a convidado apenas para isso, para jogar conversa fora? Tantos dias esperando e nada dele ligar. A ultima sexta feira foi a gota d'água quando o viu passar do outro lado da rua de onde se encontrava, que para sua decepção ele, não foi nem ao menos dar um "oi" a ela. O que foi que aconteceu? Ela iria descobrir quando discasse os números.


Bruno era um rapaz tímido, que desde sempre tem dificuldade para falar de seus sentimentos, e expressa-los quando era necessário era o fim do mundo para ele. Ele não tinha problema para conhecer meninas, mas nunca rolava algo forte, era apenas diversão, e nunca quis se comprometer com alguem antes até conhecer Eduarda. Linda, inteligente, um pouco  processiva, e pouco exigente de mais, mas a doçura como trata as pessoas o deixa totalmente desnorteado, apaixonado. Mas como dizer para ela o que sentia? Ele até tentou a duas semanas atrás, mas não conseguiu falar nada de diferente a não ser sobre ele mesmo, e as vezes perguntava sobre ela.


Ele sabia que tinha que tomar uma atitude, mas não sabia como. E naquele dia que ele achou que fosse ser o primeiro de muitos com ela, foi um desastre, não conseguiu se declarar. E pior, teve a nítida sensação de que ela depois daquele dia o achasse um idiota. Tanto que não conseguiu nem ao menos dar um "Oi" singelo a ela em um dia que se encontraram na rua.
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- Alo - " ele atendeu e agora o que falo"
-alo, quem é ? - " não podia ser ela "
- Oi é a Eduarda, tudo bem Bruno? Você não me ligou ....é ...então liguei para saber como você estava. - " que péssimo, ele deve estar rindo agora"
- Oi Eduarda! Desculpa ...err.... não queria te incomodar...  " que ridiculo, INCOMODAR?! não desliga por favor"
- Que isso, nada a ver. .. Fiquei pensando ..." será que devo? " se..você não queria ir comigo naquela festa sabe? da Mari " ai, ele vai me dar um fora daqueles, onde é que estou com a cabeça?!! "
- " ummm, é... " claro, que vou " .. que dia? Se não for sexta-feira está fechado
 " ele tem alguem eu sabia que devia ter ligado antes. Burra" - Não é Sabado... e ai vamos? Se não quiser ir tudo bem... " mentira, tudo péssimo.."
- Vamos! que horas? -
- As 8h está bom para você ?
- Está sim... Então até sabado.
- Até.
- Bei...j Tutututu
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Eduarda o achava, marrento, metido a garanhão, e muito mal educado, mas mesmo assim conseguia ver nele o quanto era lindo por dentro, sempre educado com todos e preocupado com ela. As vezes ela tinha a impressão de que ele queria falar alguma coisa, mas sempre mudava de ideia após ele falar uma bobagem qualquer para mudar de assunto.


Agora esta tudo certo, provavelmente no sabado ela iria saber se ia finalmente ficar com ele, ou todos esses dias pensando nele e naquele encontro foi puro desperdício de tempo.


Bruno não conseguia parar de pensar em outra coisa, a não ser no sabado que estava ficando cada dia mais próximo.Ele sabia que aquele dia iria ser a sua unica chance de se declarar para ela. Mas morria de medo de fazer tudo errado como tinha feito antes naquele encontro desastroso. Já tinha até pensado em algumas palavras, mas no fundo ele sabia que na hora iria sair o que vinha na sua cabeça. E esse pensamento o deixava mais atordoado ainda.
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SÁBADO


Nenhum dos dois tinha certeza do que iria acontecer naquele dia. Mas sabiam que se não rolasse nada, não iriam tentar de novo. Ambos achavam que o outro era inatingível, e achavam espantoso a coragem de ter convidado para um encontro e ter se dado bem. Ambos inseguros,ambos com a mesmo sentimento.


Eduarda estava linda, tinha se preocupada com cada detalhe, o perfume, a roupa, os cabelos, o batom. Bruno mesmo não sendo tão preocupado com o que vestia e usava, ficou um bom tempo cuidando de seus cabelos e tomou o cuidado para não usar um perfume forte de mais. Ele sabia que ela era enjoada com isso.


A sensação de coração acelerado e os olhos brilhando com aquele sorriso involuntária ao se verem parecia estar compartilhada.


A festa em si, não teve graça, as musicas estava se tornando repetida, e ouvir a mesma piada do carinha metido a palhaço da faculdade não estava ajudando muito a ficarem ali por muito tempo.


Conversaram bastante apesar de serem interrompidos algumas vezes, e o engraçado era que esses interrompimentos eram sempre no momento que um "clima" estava rolando. Mas se divertiram muito juntos e com os amigos que encontraram por lá. E desta vez, pareciam mais sintonizados e a conversa fluía naturalmente, apesar de não conseguirem ainda falar o que ambos estavam esperando um ao outro.
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Eduarda não se aguentava em si, tudo o que ele pensou de negativo para aquele tão esperado Sabado, foi esquecido quando viu Bruno á sua porta. A festa estava tão linda, mas claro que só estava se divertindo por conta de Bruno, que sempre tinha o que comentar, o que falar. Ela não se cabia em si.


Bruno por outro lado estava cada minuto mais nervoso, ele até tentou avançar um pouquinho, mas foi cortado pelas piadas infantis de seu querido amigo. Que ele desconfiava ser também afim de Eduarda. Ele também percebeu que ela nada gostava dele. E até torcia a cara para ele quando tentava faze-la rir. Ele se sentiu muito satisfeito quando ela pediu para ir embora. Se fosse em outra ocasião ele teria certeza que ela estava odiando estar ali com ele, mas agora tinha quase certeza que ela queria sair dali, para ficar com ele.
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Os dois se despediram de alguns amigos e saíram porta afora, riram um pouco dos micos dos colegas que beberam um pouco de mais, falaram sobre o colega que dava em cima de Roberta, que para espanto de Bruno comentou nunca ter notado nada, e para sua surpresa dizer que não tinha nenhum tipo de atração pelo colega " metido a engraçado". Foi a deixa para que Bruno falasse o que sentia.


Naquele momento os dois sentimentos se tornaram um só.Um só coração batendo por dois.E todas as inseguranças de ambos foram esquecidos... Em pensar que semanas antes nada disso,pensava os dois, era possível. Achando-se inferior ao outro, com auto estima lá embaixo, e agora tudo o que queriam era estar ali um com outro. Se completando e sentindo mutualmente um amor sendo mostrado agora com o primeiro de muitos beijos que dariam dali para frente.


THE END




*Imagens retiradas do Blog LE LOVE ^^