Eles estavam ali, minha mãe sentada no sofá, com as mãos fechadas como se estivesse rezando, estava tão linda quanto eu imaginava, seus cabelos ligeramente onduladoos, onde ela mesma se dizia como "cabelos sem definição", ela era muito ilária era assim que imaginava ela, percebi que ela tinha mudado o tom de suas medeichas, de um tom preto quase ofuscante, ela colocou um tom ligeramente castanho escuro, com luzes, nossa ela estava linda, no seu rosto se destacava com olhos grudados em mim um grande largo sorriso, ela continuava a mesma o tom de maquiagem clara, labios sempre naturais, usava um vestindo lindo, um rosa bebe, marcando sua barriga perfeita, claro ela pode, uma coisa que se destaca em minha mãe é a vontade de estar sempre em forma, devia ser porisso que nunca descuidei de mim, por simples copia dela, ao seu lado estava meu pai, estava um pouco tenso, estava social, em minha memoria não me lembrava de ver meu pai de social, a não ser quando tinha algo muito importante, fiquei tensa por um segundo, seus cabelos estavam também diferentes, agora mostrava um pouco grisalhos, como podia dois anos fazer tão bem aos dois, estavam ali, me olhando, meu pai olhou para mim, como se estivesse esperando algo de mim, um grito talvez, como fazia quando era criança quando ele chegava do trabalho. Não poderia ser isso, talvez ele esperava uma reação mais animada minha, será que estava em choque e não havia pecebido ainda?

-Marina, como você está bonita, tão grande, tão bela, mudou os cabelos sem minha permisão, e essas roupas, tão mulher, tão madura, estava com tanta saudades, me abrace querida...- minha mão me fez tantas perguntas que nem concegui responder, os olhos dela estavam marejados a essa altura, claro que não podia esperar mais dela, ela era uma poça de agua, por qualquer razão sempre chorava. -querida, como está na escola? e os meninos, sua tia me disse que voce está crescendo e se rebelando temos que conversar sobre muita coisa mocinha..
- Mãe ! Calma deixa eu ver meu pai também ! - ela estava me sufocando com alquele abraço apertado, e aquelas perguntas e afirmações loucas. - Calma, pera, me solta mãe, você está me amassando toda.
- Mih, como sua mãe disse você está muito diferente, cresceu tão rápido nem parece com a mocinha que eu deixei aqui com 15 anos, está parecendo tanto com sua mãe agora - Meu pai relamente estava certo, quando me deixaram para viajar, eu tinha 15 anos, era tão magra e tão pequena que na escola eu era tachada como a esquisitinha, pequena, magrela, agora com meus 17 anos, estava realmente mais mulher, me sentia assim, talvez seja pelo fato de não ter meus pais para me chamarem de criança, minha pequenina, e outros adjetivos bobos que eles me chamavam, tinha amadurecido tanto por fora como por dentro.

...Estava tão feliz com a chegada deles, reparando cada expressão de entusiasmo de meus pais, que não percebi um moço, ao lado de meu pai, então como um flash lembrei, o que tinha me impulsionado a descer as escadas correndo. Ele era alto, não magro do tipo esguio, mas forte, musculoso até, podia até dizer que ele faz academia, era branco, não branco azedo, mas um tom quase moreno, tinha os olhos penetrantes, do tipo grande e azuis, seus cabelos ligeramente bagunçado em um tom castanho, quase preto, nossa, quem era aquele ser? o que fazia em minha casa? Será mesmo que ele iria morar em minha casa? um "deus grego" como Mary diria se estivesse ali agora, e eu tão bagunçada, o que será que ele estava pensando de mim? Agora entendia o porque da arrumação repentina de Fernanda, claro, ela atirada do jeito que era, concerteza ao ver ele subiu as escadas e se produziu, digno dela.

- Mih, Esse é o Bruno, ele é estágiário onde seu pai estava trabalhando. Ele veio conosco, para passar as férias.- O que? Não entendi. Porque aqui em casa?. - Bruno essa é minha filha Marina. Minha filha. - minha mãe nos apresentou, ele estava com uma expressão esquisita, me lembrando de uma expressão que eu faria se estivesse vendo algo muito estranho, ou feio.
- Oi - Que voz! - Tudo bem? Seus pais me falaram muito de você esses meses. - Que coisa brega para se dizer em pleno século XIX.- Não é o que eu tinha imaginado posso admitir. - o que será que meus pais tinham dito a ele de mim?
- OLá. È..-vacilei na voz. - tudo ótimo, (pelo menos e acho que está) você trabalha com meu..Pai então? - Que pergunta idiota. Ele riu um pouco em desdém.
- Sou estagiário,na famácia. Ele me ensinou muito. E ainda me ajuda, grande homem.


Tudo estava confuso para mim, ainda assim, estava feliz, meus pais me faziam muita falta mas claro que não iria dizer isso a eles. Meu pai era um profissional, era Farmáceutico. Muito estranho, Esse tal de Bruno aqui, estava com tantas perguntas na cabeça, mas não podia sair perguntando, decidi esperar, as apresentações e felicidades espontaneas primeiro, em um dia mais calmo eu iria tirar, minhas duvidas, e claro, antes mesmo disso algumas delas ia ser respondidas por si só. Como onde ele iria dormir e porque meus pais resolveu traze-lo para nossa casa. A partir daquele minuto, daquele momento de felicidade e muita doidera, eu percebi que as Férias iam ser as As Ferias.
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