A chegada de meus pais foram de tudo menos calma, depois de dois anos, só por telefone eu me sentia estranha e ao mesmo tempo próxima deles, mas não era uma relação igual a dois anos atrás, não conseguia entende-los, porque trazer Bruno um estagiário de uma farmácia para morar por 1 mês em minha casa? Porque eles não me falaram nada? Isso ainda rondava a minha cabeça, mas sabia que iria ser tudo esclarecido com o tempo... Ou agora..

- Pai, não entendi ainda como assim esse Bruno vai passar as férias aqui em casa, agente não ia para a praia? - ele não estava com cara de que iria me responder.
- Ha filha, deixe a praia para lá, todo ano agente vai para lá.. - Ele falou um pouco exaltado..
- Mas pai, a ultima vez que fui com vocês eu tinha 14 anos, e das outras vezes fui com a tia, e não estou pedindo para vocês irem comigo, está tudo combinado com as meninas, eu te falei lembra por telefone ? Você disse que sim, e agora me fala pra ficar em casa !!! - Comecei a ficar brava, não conseguia entender o porque da proibição, e ainda ficar julho em casa estava se tornando a coisa mais chata do mundo no momento ...
- Sem discussão - Meu pai falou isso e saiu. Não parecia que estava revendo meus pais depois de 2 anos, parecia que o mundo estava desabando em 2 minutos.
Minha tia e minhas primas logo foram embora, não ficaram muito tempo e claro que elas já estavam ficando de saco cheio da irritação de minha mãe em "esconder" na opinião delas o que estava acontecendo, era ingratidão foi o que minha tia falou quando saio a porta da sala.
A noite estava fria e minha casa estava quase normal de novo, exceto pelo menino intruso sentado no sofá da sala esperando alguem lhe dá atenção. Meu pai correu para seu mini escritório ver o que foi perdido, ele ficou espantado por tudo estar do jeito que ele deixou me perguntou se eu não tinha durante esses dois anos fuçado as coisas dele, claro que tinha, vi algumas revistas velhas livros, contas e mais contas antigas e até alguns bilhetes estranhos que nunca procurei ver o que era mas não precisava contar a ele. Minha mãe fez uma macarronada, e serviu a mesa, foi ai que começou tudo. Primeiro ela chamou todos a mesa, Bruno, eu, meu pai fomos a cozinha.
Minha cozinha não era grande coisa, tinha um espaço medio, era aconchegaste com copa e arejada,a mesa de seis cadeiras em granito o fogão antigo mais ótimo e o armário que meu pai comprou em perfeito estado. Todos ali naquele espaço iluminado comendo olhando um pro outro, até que meu pai falou:
- Filha nesse tempo que estive em Celsis trabalhando consegui guardar algum dinheiro, e claro temos o suficiente para nos manter por enquanto e abrir finalmente a minha farmácia.
- Que ótimo pai - foi só o que eu disse, disso eu sabia, afinal era esse o objetivo da ausência dos dois.
- O Bruno trabalhou comigo, e ele é filho do dono de meu amigo que era dono da Fármacia onde eu trabalhava. Ele começar a faculdade aqui em nossa cidade, porisso o trouxe para ficar esse mês. - Agora estava explicado ou pelo menos quase. Minha também começou a falar.
- È ele vai dormir naquele quarto que tem nos fundos, seu pai vai arruma-lo amanhã, mas se ele passar nas provas o que agente não duvida. - Bruno riu disso. - Ele vai passar a morar aqui até o termino de seus estudos.
- Claro se não for incomodar ninguém. _ ele disse.
- Não me incomoda, mas porque fazer faculdade aqui, não tem outra nessa cidade onde você mora- tá, eu sei que fui rude, mas juro que não foi minha intenção.
- Filhaaa!! - Desculpa pai, mas é qe não entendo!
- Tudo bem seu José, é que essa faculdade, é a melhor, e claro que é uma ótima opção sendo que vou morar próximo e de quebrar poder trabalhar também.

Tudo estava esclarecido, ou quase.. Eu não conseguia entender porque meu pai que sempre falou para eu me manter fora de alcance de qualquer menino coloca- se um para morar na mesma casa. Ainda mais o Bruno que era o pedaço do mau caminho em pessoa..
Vamos ver no que isso vai dar.