Saúde, Bebida, Bebida, Cerveja Raiz, Bons Tempos


Hoje fazemos um ano juntos. 

Você que está lendo isso e nos conhece, deve achar que nos conhecemos mais ou menos nesse período, alguns acham que foi em uma festa, onde eu estava acompanhando dois amigos, e um deles chamou a amiga dela ( pode entrar Juh! ), nesta versão nos apresentaram, ela estava com amigas e irmãs , nessa versão que você conhece eu a conheci ali, conversamos e iniciamos nossa história.

Mas a verdade eu vou contar agora. Para você que nos conhece saber o motivo de eu saber que essa história - eu e ela - é para sempre.

Eu a conheci um pouco antes. - Mentira, muiiiito tempo antes -  Eu tinha 12 anos, e estávamos na mesma sala de aula,na 6º série -  ( agora acho que te surpreendi ) - a gente era muito amigo, do tipo que sentava do lado um do outro todos os dias. Eu a achava muito engraçada, era assim que descrevia ela para quem perguntava da namoradinha da escola. 
Só que esse relacionamento só existia na minha cabeça.
Um dia eu tomei coragem e falei para a amiga dela. Ela gritou para sala inteira que eu gostava dela.
E ela me ignorou.  Simples assim.   Fingiu que nada aconteceu, nem falou comigo. E eu fiquei triste.

FIM.

Eu sei que você pensou que nós tínhamos escondido um namoro infantil nessa altura do campeonato. Mas não. A questão aqui é que ela foi a primeira menina a quebrar meu coração, lembro da minha mãe dizendo que teria outras meninas muito legais para eu gostar. Eu dizia que não queria menina nenhuma. Só ela.

Passou uns aninhos. - pula para o ensino médio - Eu tinha uma namoradinha, e não era ela. - Um dia passei de mãos dadas por ela, no alto da minha adolescência foi um marco mostrar que venci, conheci outra menina.  - Mas novamente - Ela me ignorou. 

Foi como se nem me conhecesse. A lembrança para aquele momento dos 12 anos voltou com força. Eu lembro de ter ficado até triste por ela não ter olhado na minha cara.

Agora pula mais uns aninhos, temos quase trinta anos ! Muitas histórias escritas - por mim e por ela - e a vida nos junta de novo. Dessa vez falei com ela e ---- Ela não se lembra de nada disso.-- 
Lembro dos meus amigos me perguntando sobre o que tinha tanto para conversar com ela naquela festa. - Amigos, era isso. 
Sobre o passado, lembro da expressão de surpresa dela ouvindo essa história toda. O ponto aqui é que ela nem lembrava do pedido. Mas lembrava de mim - como amigo.

E foi com o passado que se tornou presente, que o menino de 12 anos mal sabia que na verdade a vida só estava preparando o terreno para anos depois conhecer -  e estar -  com o amor da sua vida.